Copa do Mundo de Rúgbi: Les Bleues devem "mandar uma mensagem" contra a África do Sul

Invictas, assim como as Boks Women, após as vitórias contra as italianas (24-0) e depois contra as brasileiras (84-5), as Blues serão obrigadas a vencer para terminar em primeiro no Grupo D, seu objetivo declarado no início desta Copa do Mundo, devido ao bônus de ataque esquecido contra a Itália.
Olhando para as estatísticas, a tarefa pode parecer fácil para as jogadoras de David Ortiz e Gaëlle Mignot: além do empate (17 a 17) no primeiro duelo, em 2009, as mulheres do XV francês, quarta colocada no ranking mundial, venceram os quatro confrontos seguintes com ampla margem, incluindo uma vitória por 40 a 5 na Copa do Mundo de 2021 (disputada em 2022), no Eden Park, em Auckland.
Mas as sul-africanas progrediram desde então, como evidenciado pela surpreendente vitória contra a Itália (29-24) no segundo dia. "Muita coisa aconteceu em três anos, não jogaremos contra o mesmo time neste fim de semana", alertou a co-técnica Gaëlle Mignot na sexta-feira. Marca registrada do rúgbi Springbok, as Boks Women, agora em 10º lugar no ranking mundial, contam com um grupo de atacantes devastador, liderado pela camisa 8 Aseza Hele, que já marcou quatro tries.
"O grupo deles coloca muito peso sobre nós, somos um time mais leve", admite Manae Feleu, segunda linha e co-capitão da equipe francesa, temendo que "os primeiros 20 ou mesmo 40 minutos" sejam "bastante difíceis": "Teremos que ser corajosos na defesa e no impacto, não podemos desistir de jeito nenhum, a partida vai durar 80 minutos."
Para driblar uma seleção sul-africana de grande porte, as Bleues optaram por uma "composição estratégica", segundo David Ortiz, com muita velocidade na defesa de três, as pernas impetuosas de Joanna Grisez na ponta e os passes incríveis de Émilie Boulard na defesa. "Teremos que encontrar espaços e jogar nas brechas", explica Gaëlle Mignot. Uma coisa é certa: para Manae Feleu, uma derrota no domingo seria um fracasso para as Bleues: "Somos uma equipe entre as quatro melhores, temos que afirmar nosso status, temos que mandar um recado para as outras equipes", insiste.
E por que não, de passagem, evitar as Black Ferns nas quartas de final, que devem vencer a Irlanda na final do Grupo C, no início da tarde de domingo, mesmo que Gaëlle Mignot rejeite esse tipo de especulação? "A vitória a todo custo não se resume a saber qual adversário enfrentaremos. Não podemos esquecer que os irlandeses venceram os "New Zs" na última WXV (no outono de 2024). O certo é que estamos determinados a terminar em primeiro, e faremos um balanço no domingo à noite."
SudOuest